Análise: The Saboteur
Com um balanço no vermelho, a Electronic Arts resolveu fechar alguns de seus principais estúdios de desenvolvimento em 2009 e, entre eles, estava a Pandemic, responsável por games como "Star Wars: Battlefront" e "Mercenaries".O último projeto da equipe foi este "The Saboteur", que teve de ser finalizado de maneira brusca, o que resultou em um produto interessante, mas pouco polido.
Lutando pela liberdade
A aventura passada na França ocupada pelos nazistas durante a 2ª Guerra tem ares de grande produção e oferece um mundo aberto para exploração. O herói é o irlandês Sean Devlin, um ex-mecânico vidrado em corridas de automóvel que se torna membro da resistência francesa para vingar a morte de entes queridos. Ele deve explodir pontos estratégicos das tropas inimigas, contrabandear materiais preciosos e livrar os bairros da capital francesa da presença dos invasores.
A maneira como tudo acontece é muito interessante e sofisticada. A história, como na maioria dos jogos do estilo, apresenta as missões principais para aqueles que querem ver o que acontece em seguida, mas deixa caminho livre para várias atividades paralelas que prolongam bem a experiência. Os cenários recebem um filtro que deixa tudo em preto e branco, com apenas alguns detalhes importantes em cores, e as tonalidades só voltam ao normal de acordo com a performance de Sean em livrar as regiões dos nazistas. Um bairro totalmente em cores significa que os oponentes não têm tanta influência, o que permite que os moradores ajudem Sean a se esconder, por exemplo.
Não que o protagonista seja frágil. O sujeito é bruto e consegue levar muitos maus tratos antes de tombar em combate. Está presente uma mecânica de furtividade, com medidor de visibilidade e a possibilidade de utilizar disfarces, mas na maioria das vezes tudo pode ser resolvido na base da violência sem muitos problemas. Sean aguenta bem os ataques dos nazistas e ainda pode se deslocar facilmente ao escalar prédios ou escorregar por escadas e cordas, mais ou menos como em jogos como "InFamous" e "Assassin's Creed".
Nudez extra
"The Saboteur" tem grandes momentos e oferece bastante conteúdo, mas parece funcionar de maneira um pouco crua. O áudio é de primeira, com boa distribuição de efeitos pelos vários canais de som, mas os gráficos são irregulares. Embora os modelos sejam detalhados e alguns objetos também, efeitos de fogo das explosões são precários e partes importantes dos cenários parecem deslocadas em cena, principalmente os elementos mais distantes.
O serrilhado e tearing - efeito que parece cortar a imagem na horizontal em momentos de movimento - são frequentes e a movimentação dos personagens é um pouco dura, assim como os controles. Tais falhas certamente deixam o game com jeitão de produto inacabado, que não teve tempo para ser devidamente polido em função de um lançamento apressado.
Para tentar distrair a audiência, os produtores resolveram apelar para um dos efeitos especiais mais baratos que existem no mercado: a nudez. As cópias para console trazem encartadas um código para que o usuário possa baixar gratuitamente um pequeno bônus que adiciona mais bordéis para que o herói se esconda em grande estilo, em meio a várias mulheres em topless; alguns minigames e outros mimos entram na roda do adicional, que as cópias de PC já trazem no disco principal. Não são elementos que transformam "The Saboteur" em um clássico instantaneamente. Servem, no máximo, de curiosidade e mostram até que ponto as empresas estão se empenhando em evitar a venda de jogos em segunda mão, já que o código incluído só pode ser usado uma vez.
Minha nota: 8.5/10
2 comentários:
vai toma no cu esse jogo é demais quero ver vc fazer um jogo desse em cima da hora ea games ia fechar a pandemic eles fizeram saboteur de ultima hr sem os cabamentos e acabou ficando assim mais vá tentar fazer um jogo desses
21 de abril de 2011 às 15:25Postar um comentário